Além do acompanhamento multidisciplinar que costuma acompanhar os pacientes com dislexia (neuropediatria, fonoaudiologia, psicopedagogia, neuropsicologia...), algumas outras medidas podem auxiliar seu filho com dislexia na escola. Lembramos que estas medidas devem ser individualizadas e avaliadas pela família, escola e equipe assistencial.
Quais são estas medidas?
Tempo extra para completar as tarefas;
Oferecer ao aluno ajuda para fazer anotações;
Modificar trabalhos e pesquisas, segundo a necessidade do aluno;
Reduzir a quantidade de texto a ser lido;
Equilibrar as apresentações orais, informações visuais e atividades participativas (em grupo, geral e individual);
Utilizar dispositivos mnemônicos para ajudar os alunos a se lembrarem de informações importantes
Variar os modos de avaliação, ou seja, apresentações orais, participação em discussões, avaliações escritas, provas com múltiplas escolhas, etc;
Evitar outros estímulos visuais nas folhas de atividades, aumentar o tamanho da fonte e/ou aumentar o espaçamento entre as linhas;
Destacar (com caneta apropriada) as informações essenciais em textos e livros, se o aluno tiver dificuldade em encontrá-las sozinho;
Incluir exercícios práticos; jogos instrutivos, atividades de ensino em duplas, programas de computador, etc;
Usar dispositivo de gravação. Textos, livros, histórias e lições específicas podem ser gravadas. Assim, o estudante pode reproduzir o áudio para esclarecer dúvidas. O aluno pode, ainda, escutar e acompanhar as palavras impressas e, assim, pode melhorar sua habilidade de leitura;
Utilizar tecnologia e meios alternativos, como eletrônicos, dicionários, audiolivros, calculadoras, papéis quadriculados para atividades matemáticas, etc;
Repetir as instruções e orientações. Se estas tiverem várias etapas, pode-se dividi-las em subconjuntos, ou apresentá-las uma de cada vez.
Manter rotinas diárias, pois muitos alunos com problemas de aprendizagem têm dificuldade em organizar-se com autonomia;
Fornecer uma cópia das aulas (ou esboço) para aqueles que têm dificuldade em copiar com autonomia;
Alterar o modo de resposta. Para aqueles que têm dificuldade de coordenação motora fina e/ou com a escrita manual, permitir diferentes modos de exposição do conteúdo (espaço extra para escrever, sintetizar conteúdos, atividades de múltipla escolha, exposição por meio de desenhos, respostas orais, etc.);
Posicionar o aluno próximo ao professor, longe de sons, pessoas ou materiais que possam distraí-lo, principalmente aqueles que tenham problemas com a atenção; (Evitar sentar-se próximo de portas e janelas)
Estimular e ensinar o uso de agendas, calendários e organizadores. Com isso, o aluno poderá estar atento a datas e prazos de atividades escolares;
Não penalização pelas faltas e erros ortográficos.
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Autor: Marino Miloca Rodrigues - Neurologista Pediátrico.
Para mais informações sobre o coautor clique na imagem ao lado.
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Referencia: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862016000100010
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